5 erros que executivos cometem sobre Inteligência Artificial

Desde os banqueiros até na padaria já se fala abertamente em Inteligência Artificial (AI), discutem os casos de sucesso e se já é uma realidade ou não. O assunto agora não é mais se precisamos dessa tecnologia, mas como exatamente devemos implementar para conseguir extrair o máximo de valor.

Entretanto há um problema aí.

Atualmente as pessoas andam empregando o termo Inteligência Artificial (AI) com um ar de modernidade e inovação, mesmo com alguns algoritmos datados de 1980, pasmem, quase 40 anos atrás. Outro ponto importante é que este termo admite diversas interpretações, é um guarda chuva que abriga inúmeras abordagens modernas, mesmo não representando nenhuma “inteligência”.

Enquanto o termo Inteligência Artificial (AI) chacoalha a cabeça das pessoas e vira assunto das mesas de bar (ou padaria), os executivos ainda são inundados com definições frágeis ou equivocadas, que os impede de tomar decisões e usufruir os benefícios dessa nova forma de ver o mundo.

Em uma rápida pesquisa selecionei 50 empresas, que envergam a bandeira da Inteligência Artificial (AI) como tecnologia base de seus produtos, e investiguei qual técnica era utilizada dentre as quase 20 abordagens de Inteligência Artificial (AI) existentes.

Resultado?

Apenas 8 apresentavam resultados que somente a máquina inteligente pode gerar, as outras 42 empresas usavam o termo futurista para descrever o seu B.I., estatísticas, scripts, dentre outras técnicas muito menos complexas e novas, mas que não são A.I.

Para quem está de fora e só quer novos resultados fica bem difícil distinguir.

Adotar uma solução de Inteligência Artificial (AI) só para se envolver com o tema e divulgar sua veia inovadora o fará gastar rios de dinheiro, sem um retorno a altura. Por outro lado, não usar agora acreditando que a tecnologia não está madura ou que é apenas moda é um equívoco bastante comum e que não pode ser cometido na era da informação, ainda mais onde a economia além de digital também é exponencial.

O grande pulo do gato nesse tema está na capacidade de identificar um cenário onde a Inteligência Artificial (AI) pode atuar e que maximizará sua eficácia e eficiência. Agora quem consegue isso, sabe que vale ouro e ninguém vai compartilhar de graça.

Aqui está uma serie de mitos e equívocos que impedem grandes executivos de usarem a Inteligência Artificial (AI) e deve jogar essas ideias fora imediatamente:

#1 – INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL É MUITO EXÓTICA PARA MIM

A menos que você esteja querendo investir numa empresa promissora que usa inteligência artificial, você não precisa ter conhecimento profundo sobre algoritmos de aprendizagem, redes neurais, modelos preditivos, etc.

Você, como um executivo de alta performance, precisa apenas conhecer os casos de uso que a Inteligência Artificial (AI) resolve e como exatamente gerar valor de negócios para sua empresa.

Executivos não precisam receber uma aula de engenharia computacional para entender Inteligência Artificial (AI), eles apenas querem descobrir como a tecnologia pode ser usada para ajudar as pessoas alcançarem seus resultados, suas metas e seus objetivos.

Atualmente já existem diversos casos de saltos de performance, baseados em tecnologias de Inteligência Artificial (AI):

  • Empresas de e-commerce estão usando a pesquisa visual cognitiva para aumentar seus lucros através da escolha de imagens que convertem melhor.
  • Empresas de marketing esportivo entregam mais resultados com a exposição social seletiva
  • Mídias sociais podem ser ranqueadas e ativados como nunca feito antes
  • Robôs estão sendo usados para interagir com internautas substituindo a interação humana
  • Este texto por exemplo foi todo escrito através de reconhecimento de voz que utiliza inteligência artificial para reconhecer o padrão da fala e converter em texto.
  • Na medicina foi criado robôs que perguntam aos pacientes o que eles estão sentindo e usa a inteligência artificial para acelerar o diagnóstico e ou o tratamento

#2 – ELA RESOLVERÁ TUDO 

Através de avançados algoritmos já é possível hoje reconhecer imagens e objetos em Fotos e Vídeos. Pesquisas avançadas em Deep Learning têm propagado o potencial transformador da inteligência artificial.

QUIZ: No Japão foram veiculados 2 comerciais:
um feito pelo homem e outro feito pela máquina,
antes de continuar a leitura assista os dois e tente adivinhar.
Qual foi criado pela máquina?

Na Conferência ISBA foi apresentada a mesma pesquisa, para 200 executivos de propagandas e publicidade, e a maioria escolheu o anúncio criado pelo robô de Inteligência Artificial. Claramente esses profissionais não eram o alvo da campanha, mas o experimento conseguiu mostrar o potencial e a criatividade que a tecnologia pode chegar.

Sim, a AI é bastante poderosa (quando bem aplicada), mas se a solução não tiver um propósito super-focado, ela não passa de estatísticas, boa história e sexo, onde nenhuma delas resolve o problema sozinha.

Segundo Ryan Detert, CEO of Influential (startup que usa AI para calcular a influencia dos anúncios de acordo com tendências demográficas), os executivos “assumem que a inteligência artificial é uma bala de prata, ou não os obriga a pensar”

A Inteligência Artificial (AI) não é bala de prata e não resolverá tudo, ela ainda precisa da inteligência humana para ser criada ou elevada ao máximo potencial, por pelo menos os próximos 5 anos.

Ela é uma tecnologia que pode ser usada para processar cenários possíveis em um ambiente complexo, desde a decisão de uma jogada de xadrez até analisar qual barco deve atracar primeiro no porto, contudo ela não resolve tudo.

#3 – A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL IRÁ CATAPULTAR MINHA PERFORMANCE

Muitos executivos estão cegos pelas mensagens marqueteiras que pregam a grande capacidade da Inteligência Artificial (A.I), assim como algumas empresas declaram que eles garantem altas taxas de retorno e significantes melhoria de processos, sem nenhum esforço de seus clientes.

Infelizmente, a realidade não é bem assim.

A realidade é que poucas soluções de Inteligência Artificial (A.I) irão funcionar imediatamente e muitas demos apresentam resultados expressivos por utilizarem um conjunto de dados favoráveis, entretanto irreais. Muitas vezes você precisará de engenheiros de software e/ou um “data scientist” (outro termo entrando em moda descrever os profissionais de TI que possuem fortes conhecimentos em estatística e que são capazes de criar análises estratégicas com o Big Data) para configurar novas soluções de acordo com os dados da sua empresa.

Adicionalmente, o que funciona para uma empresa pode não funcionar para outra, demandará novas análises e novos desenhos de variáveis e matrizes. Se as empresas estão empregando com sucesso robôs de interação humana para fazer o primeiro contato com os visitantes de suas lojas virtuais de sapatos, não significa que funcionará nas lojas virtuais de luxo e estilo

#4 – ISSO É MUITO CARO

Realmente, construir algoritmos de Inteligência Artificial em casa, do zero, requer além de profissionais com talentos excepcionais, que são raros, também são necessários recursos muito caros. Para você ter uma ideia, para trabalhar com Business Intelligence (B.I.), demanda recursos dedicados, já Big Data requer servidores de classe mundial e capacidade de processamento acima do normal, agora além desses recursos, para possuir robôs minerando, transformando, calculando todos os dados, 24 horas por dia, requer o dobro de servidores do mesmo nível.

Felizmente, muitas empresas grandes se anteciparam e criaram ferramentas de trabalho que democratizam o acesso, implementando as tecnologias para o nosso dia a dia. A Microsoft criou uma plataforma que fornece todos os recursos para as empresas desenvolverem seus robôs de interação humana. O Google usa a Inteligência Artificial praticamente em tudo que fornece, desde o seu carro chefe algoritmo de busca, no GMail para tornar o filtro de SPAM excepcional, no Translator que usa modelos preditivos para traduzir uma sentença inteira de acordo com o contexto.

Nós do LIG.AI integramos seus sistemas e aplicamos a Inteligência Artificial nos seus dados para otimizar seus recursos, garantir maior controle na gestão do fluxo de caixa das empresas e impedir desperdícios operacionais ocultos.

#5 – A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL IRÁ ROUBAR MEU EMPREGO.

Sim vai. Ponto.

Quando alguém fala de que não vai roubar emprego tentando amenizar o fato, está tentando apenas não assustar as pessoas, mas a verdade é que ao longo da história a tecnologia vem para tornar a vida das pessoas mais confortável e liberar tempo para explorar o nosso potencial ao máximo.

Isso não é mito e muito menos desculpa.

Você acha que ainda existe Arrumador de Pinos de Boliche? E Datilógrafos?

No século XVIII, a invenção da luz elétrica literalmente acabou com os, até então “insubstituíveis”, acendedores de lampiões. No século XIX, o rádio acabou (e anunciou) de vez com os empregos dos Leitores Corporativos, profissionais liam os jornais do dia em voz alta para todos os trabalhadores enquanto estes desempenhavam seus trabalhos. Até os recentes anos 70, ainda existia o trabalho de operador de telefonia, profissional responsável por ligar os dois telefones.

Se você quer uma referência mais atual, hoje aos poucos, as automações nas linhas de montagem de carros, estão permitindo as empresas produzirem mais veículos, em menos tempo e com muito menos profissionais envolvidos. Provavelmente não haverá extinção dos metalúrgicos, entretanto seu trabalho será cada vez mais especializado, entre 1950 e 2010 a quantidade de pessoas necessárias para fabricar um carro caiu 1500%.

Agora é o momento bola de cristal, vamos juntos adivinhar qual será a próxima profissão extinta?

Imagine um futuro bem próximo, onde os robôs já conseguem desenvolver uma conversa simples orientado para guiar o cliente por um fluxo simples de pequenas decisões. Imaginou? Isso não é futuro, já existe hoje, é o presente e pode representar o início da extinção da carreira de operador de telemarketing.

Nem tudo são notícias tristes, muito pelo contrário isso é bom, MUITO BOM.

Sempre que uma tecnologia surge, com ela alguns empregos são eliminados, porém outros são criados. Atividades mais especializadas e que demandam mais conhecimentos.

A tecnologia vem para eliminar os trabalhos tediosos, manuais e que requerem pouco ou nenhum raciocínio.

Para o atual presidente da Microsoft, Satya Nadella, nós devemos estar preparados para um futuro próximo onde as máquinas serão parceiras dos humanos para tomadas de decisões, focadas num papel específico.

Em 1930, John Maynard Keynes, escreveu o ensaio “Economic Possibilities for our Grandchildren”, onde apresentava um futuro possível largamente otimista, mas com uma consequência, o “a tecnologia desempregará muitas pessoas e deveremos descobrir uma forma de economizar a força de trabalho, diminuir a carga horária, até encontrarmos novas formas de usar esses trabalhadores”

Para Keynes, o ciclo de prosperidade que a tecnologia traz nos permitirá crescer a população global, sem que a miséria aumentasse, de forma que em 2030 a maioria da população mundial será mais rica que a maioria da população mundial atual.

É, ele acertou.

Seja bem vindo ao futuro. O futuro é agora.

PS: Ficou curioso para saber qual é o anúncio criado por Inteligência Artificial (AI)? Uma dica, o ator principal não é humano.

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Uma operação é uma tarefa realizada pelo LIGAÍ ao executar seus cenários. Independentemente de quantos pacotes um gatilho recupera, sempre que um gatilho é executado, é considerado como uma operação. Cada vez que uma ação executa uma tarefa, ela é contada como 1 operação. Suponha, por exemplo, que você tem um cenário que deve recuperar 2 novos Dropbox imagens e publicá-las no Google Fotos e no Facebook. Para executar este cenário, o LIGAÍ executará 5 operações (1x recuperando do Dropbox, 2x postando no Google Fotos e 2x postando no Facebook). O número de operações realizadas durante a execução de um cenário pode ser encontrado em Histórico. O número de operações disponíveis depende da assinatura que você adquiriu. Transferência de dados é a quantidade de dados transferidos por meio de seu cenário. Suponha que você tenha um cenário que recupera uma imagem de 100kb do FTP e reduz seu tamanho para 50kb e salva ambas as imagens no Dropbox. A quantidade de dados usados neste cenário é 150kb. Os dados movidos entre os módulos são contados apenas uma vez, independentemente do número de módulos implantados. A quantidade de dados disponíveis depende da assinatura que você adquiriu. O intervalo mínimo é o menor tempo possível entre duas execuções de cenário sucessivas. Você pode definir o intervalo no painel de configuração de programação . Novamente, o intervalo mínimo disponível depende da assinatura que você adquiriu.
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